2 de novembro de 2012

KIKI BLANCH DI BOI (Buá)



Kiki Blanch Di Boi
Esse foi o nome da minha Setter Irlandesa que, em seus 14 anos de vida, nos acompanhou, nos ensinou muito (muito mais que um ser humano poderia ensinar) e deixou uma saudade imensa.
É impossível não lembrar  dela quase todo dia, mesmo tendo o Joey (nosso Coker Inglês)  que com sua farra e peraltice, monopoliza a nossa atenção.
Em meio a uma cria de doze filhotes, aninhada  junto aos irmãos, Kiki desceu do sofá e veio direto em minha direção. Parecia mesmo que havia me escolhido!
A Kiki realmente foi especial ! Nem quando filhote fez arte. Sempre muuuuito obediente e mansa. E adorava um churrasco (rs)
Ah! fez uma arte, sim. Aliás que arte! Eu havia feito um bolo para um aniversário e deixei-o sobre uma prateleira enquanto esfriava. (jamais achei que ela fosse “abusar”...) Puro engano. Ao voltar para a cozinha adivinhe o que eu vi? Simplesmente ela sentada, se deliciando, no meio do bolo de chocolate. Olhou pra mim e continuou comendo! (rs) Não deu nem para brigar; deixei ela comer seu bolo e rezei pra que não tivesse nenhuma cárie. Acho que foi o dia mais feliz da vida dela e olhe que nem era seu aniversário.
Todos os anos fazíamos um bolinho e cantávamos o Parabéns prá Kiki e ela latia, como quem participava da festa. E, pra fazer jus a data, ela comia uma lasquinha (rs)
Melhor que qualquer ser humano, a Kiki manifestava seu sentimento com um olhar ou com o seu rabo farto e deslumbrante, todo ruivo aloirado. Presenciou muitos momentos alegres (vibrava conosco) e muitos momentos tristes, quando ficava no seu canto nos olhando, como quem quer dizer : “Estou aqui, viu?”
Eu teria  muito o que relatar sobre todo o tempo que ela nos acompanhou. E o melhor é que só teria coisas boas pra contar. Porém, a idade chegou e lhe trouxe uma doença fatal. Tentamos tudo, mas foi inútl.
A sua lembrança é sempre muito viva, pelo que representou em nossas vidas, especialmente para os meus filhos. Eles viveram um período transitório de suas vidas e ela lhes ensinou, sobretudo, que eles nunca estiveram sozinhos. 
 
Assim que a nossa Kiki se foi fomos buscar o Joey, pois só uma “nova amizade” poderia amenizar a saudade que ela deixou e atenuar a dor da perda pela alegria de uma nova presença. E foi assim, vejam essa  fofura  de “neguinho” que hoje é o nosso companheiro também.  Tem 9 anos e é um verdadeiro  chiclete: onde estou, ele está ! Se saio, ele fica no corredor da casa, deitado nos degraus  uivando e me chamando. Quando chego vem logo me mostrar a sua bolinha branca e fica todo faceiro. 
É uma graça de cãozinho.
Todos nós o amamos muito e desejamos muitos anos de vida a ele e em nossa companhia!
  
Joey
autoria: Theresa Ruggier

 

2 comentários:

  1. Theresa, obrigada por compartilhar com a gente um pouco da tua história e da Kiki.

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  2. Parabens pelo texto e principalmente pela coragem de expor os sentimentos depois de tamanha perda... Que esteja com Deus..

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