Suzi, a Princesa

Veio,
colocou a cabeça sobre minhas pernas, depois levantou, cheirou, colocou
as patinhas dianteiras, e sem pedir licença deitou-se sobre meu colo. Aconchegou-se e ali ficou.
Em alguns momentos levantava a cabeça,
satisfazendo seu ouvido curioso, ao perceber alguma voz familiar, ou
algum som desconhecido. Depois, voltava ao seu estado imóvel de repouso.
E eu, movida pelo amor que esta criatura me desperta,
querendo preservar aquele momento, e estendê-lo tanto quanto pudesse,
nem me mexia, deixava-a ficar.
Sentia sua respiração, e o pequeno
coração palpitando sobre minha perna. Fiquei a imaginar, o tamanho
daquele órgão responsável pela sua existência, as cavidades que o
compunham, e todo o sistema que em conjunto, mantinham aquele ser tão
angelical, vivo.
E aquele gesto, de ela por vontade própria se
aconchegar junto a mim, fazia com que me sentisse especial!
Sentia que
valia a pena ter vindo ao mundo, só para estar ali, naquele instante!
Pouco importava se ela tivesse se achegado, tão somente devido a roupa
felpuda que eu trajava. (Pois ela ama coisas felpudas) Não queria me
atentar a isso. No entanto, em meu íntimo, já planejava jamais deixar
que outra pessoa se apossasse desta vestimenta, para que eu não corresse
o risco de que a mesma, sentisse o privilégio que a mim era dado:
Sentir aquele macio corpinho se achegar a mim, e ali ficar.
Minutos, que
foram eternos, e ao mesmo tempo tão velozes, e que foram capazes de me
extrair do mundo exterior, e de suas confusões.
E, por esta fração de
tempo, a dona de meus pensamentos e de todo o meu existir foi ela, tão
somente ela, minha pequena princesa.
Daniele Fragoso Cintra
Março/2013
Daniele, muito obrigada por dividir conosco o teu sentimento tao puro pela tua princesinha!
ResponderExcluirEu que agradeço pela oportunidade de compartilhar minha história de amor!
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